Horóscopo Astrológico
Antigamente toda ciência era considerada uma arte e a Astrologia teve sua origem em tempos remotos quando a vida dos seres humanos estava intimamente ligada aos ciclos da Natureza.
O vestígio mais antigo de observação Astrológica é de 15.000 AC. O mais antigo registro escrito de um estudo sistemático dos céus vem dos Vedas, as escrituras sagradas da Índia, estes textos eram preservados via oral por sacerdotes de grande elevação espiritual e dotados de memória praticamente incorruptível.
No Glossário teosófico, de Helena Blavatsky, o termo “Astrônomo” aparece como sendo o título outorgado a quem iniciasse estudos no sétimo grau de recepção dos mistérios da escola de Tebas. Os estudantes, depois de passarem pelos graus de Pastophoros, Neocoros, Melanophoros, Kistophoros e Balahala (o estudo da química dos astros), iniciavam-se nos signos místicos do Zodíaco numa dança circular que, por imitar o curso dos planetas, os fazia entrar em êxtase e por isso também em sintonia com aquilo que estudavam. Uma vez finalizada a iniciação, recebiam o título de ASTRONOMO ou “MEDICANTE” junto com o Tau, a cruz egípcia.
No período Mesopotâmico aparecerem os primeiros astrólogos, em 4.000 AC, com o desenvolvimento das civilizações mesopotâmicas e egípcias no Médio Oriente. Os astrólogos desta época são conhecidos por "Caldeus", grande parte deste conhecimento desenvolveu-se na Caldeia e era praticada pelos sacerdotes.
No período Grego, por volta de 700 AC, com a expansão das rotas de comércio, o interesse dos gregos pela Astrologia começa a crescer, e é a civilização Grega vai dar um grande impulso ao desenvolvimento da Astrologia. Pitágoras traz do Médio Oriente todo um manancial de conhecimento e grandes pensadores gregos, como Anaximandro, Platão, Anaximenes e Aristóteles, vão desenvolver a Astronomia e a Astrologia com a criação de modelos físicos e metafísicos do Universo. Nos séculos que antecederam o nascimento de Cristo, a astrologia estava centrada principalmente no estudo de determinados fatos e na análise de situações mundanas.
Nos primeiro séculos da era cristã do novo milênio surge uma série de pensadores e de Astrólogos, mas com o crescimento do Cristianismo e queda do Império Romano (410 DC) a Astrologia torna-se pouco tolerada, mas continua a ser praticada na clandestinidade. Com a constante hostilidade por parte da crescente religião cristã, a Astrologia refugia-se no mundo árabe.
No período Árabe e Medieval, a partir de 632 DC, os Árabes vão tornar-se uma das grandes potências do mundo ocupando todo Médio Oriente, Norte de África e Europa e vão reunir todo o conhecimento Grego, Sumério, Babilônico e Persa, entre outros, preservando assim o conhecimento antigo e desenvolvendo a Arquitetura, a Medicina, a Astrologia/Astronomia, a Filosofia, etc. Os astrólogos conquistam um papel importante na sociedade, atuando como conselheiros junto dos reis e nobres, no entanto, os atritos com a Igreja continuam, atingindo o seu auge com o surgimento da Inquisição em 1536 colocando em declínio a Astrologia. A separação final entre a Astrologia e a Astronomia dá-se em 1650 e, em 1770, deixa de ser ensinada na Universidade de Salamanca, separando-a definitivamente do meio acadêmico.
A Astrologia, uma das mais antigas formas de conhecimento, era considerada uma Ciência de alto valor, tem atravessado os séculos, civilizações e Eras, mantendo sua capacidade de interpretar as necessidades e a dinâmica humana.
O QUE É A ASTROLOGIA ...
Os Astrólogos partem do princípio que os acontecimentos da Terra (quer na escala individual ou coletiva) refletem a dinâmica representada nos céus e a partir desta base que se desenvolve o conhecimento astrológico.
A Astrologia não é adivinhação é um estudo profundo da relação entre o Homem e o Universo. O astrólogo "lê" nos céus através da simbologia dos planetas, constelações, estrelas e dos aspectos entre eles, o que se passa na Terra. Ao interpreta uma carta natal, o astrólogo "lê" esse conjunto de símbolos e analisa a dinâmica do indivíduo ou os acontecimentos ali representados, baseando-se no princípio da sincronia entre o Universo e o ser humano.
A relação simbólica entre a posição relativa dos astros nos céus (o que está em cima) e a vida humana (o que está em baixo) revela o Todo e a Parte, pois o ser humano é, em pequena escala, um reflexo dos céus. Somos parte de um Universo que está em constante desenvolvimento, evolução e aprimoramento.
"O que está em cima é como o que está em baixo..."
A Astrologia revela as tendências de nosso destino, como também as tendências de vidas passadas; além dos desafios e obstáculos a serem superados e os talentos e habilidades que podemos desenvolver na vida presente.
A CONSCIÊNCIA é um fator importantíssimo em toda equação de um mapa, pois é o grau de consciência pessoal que vai determinar até que ponto cada indivíduo está condicionado ou não para atuar com as influencias planetárias. Assim quanto maior é o grau de consciência de si mesmo e do Todo, maior será a possibilidade de escolhas e liberdade de ação - livre-arbítrio; quando menor é o grau de consciência, maior será o condicionamento ditado pelo exterior - predestinação. O autoconhecimento adquirido através do estudo dos astros deve, como em toda Ciência, ser praticado na vida, aqui e agora e as oportunidades e obstáculos que se apresentam podem e devem ser manejadas de acordo com a consciência do individuo.
Conforme a cultura pode haver várias linhas de interpretação, finalidade e aplicação do estudo Astrológico.
Na Astrologia Mágica pode se escolher um momento adequado para se eleger um ritual de magia, como Júpiter para trazer dinheiro ou se eleger o momento para a criação de Talismãs mágicos com energias específicas de um planeta ou se voce tiver um horrível Saturno no mapa, é favorável dar um presente de Saturno (couro ou antiguidade) para uma pessoa de Saturno (velhos e mendigos) no dia de Saturno (sábado) em sua hora (variável).